segunda-feira, 27 de abril de 2009

Era só um sonho...

"Deixa que eu te acalmo
E faço meu o teu medo
E desfaço todo o desamor
Porque tua é a essência da felicidade
Talvez adormecida
Mas o teu sorriso não nega"

09/04/2009 - 01h25

Bem, eu escrevi esse poema para o carinha que eu tava conhecendo.
Quando eu fui vê-lo, era para tomar "posse do coração" (palavras dele).
O dia que passamos juntos foi lindo para mim. Achei que tinha sido pra ele também, até ele desaparecer... para quem ia me dar o coração, né? Eu falei com ele depois só para constatar então, que ele não era tão sincero quanto se dizia...

Resultado: tenho que "desinventar" todo o sentimento que cultivei esses tempos. Faz parte da vida, né? Mas se ele tivesse sido sincero desde o começo, teria me evitado noite sem sono e dor de cabeça.

Pra mim, foi um sonho... um sonho bom, apesar de tudo...

Em tempo: pedi que ele rasgasse o poema... =(

=) =) Boa semana! =) =)

P.S: Ok, ok, eu confesso... fiquei com o coração em caquinhos. =(

Alguém tem cola Tenaz???

terça-feira, 24 de março de 2009

Variedades II - a missão =)

Lendo: Um chapéu para a viagem - de Zélia Gattai. Baseado em memórias, uma homenagem aos pais de Jorge Amado. Uma maravilhosa contadora de histórias...
Na fila de espera: Eclipse - de Stephanie Meyer. Como eu já li Crepúsculo e Lua Nova, preciso continuar a saga. E ainda comprei de promoção economizando R$ 10. Vida longa às lojas americanas!
Cinema: Operação Valquíria - Com Tom Cruise. Meio sonífero no começo, mas bem melhor do meio para o final. Já a minha amiga ficou eletrizada do começo ao fim e não gostou do meu comentário, hehehe. Ela é fã do Tom, diga-se de passagem.
Dvd: Box da série Dawson's creek - ainda na segunda temporada. Conflitos e mais conflitos. Os adolescentes são mini-adultos na verdade. Verborrágicos em excesso, mas tudo bem. Fã da série!
Uma frase: "Vou deixar pra ser infeliz amanhã porque hoje eu tô sem tempo".
Um poeminha:
"Um sorriso / boas palavras / fé na vida / siga a estrada"
P.S: O caso é ter memória fraca mesmo. Esquecer um monte de coisas, ignorar várias outras e continuar seguindo de boa, ofertando amor, ainda que ele não venha de volta. Ele acaba vindo, nem sempre como esperamos ou queremos, mas eu sinto".
=) =) Mega abraço! =) =)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O silêncio...

“Nem sempre sei lidar com o silêncio
E para muitos ele se faz necessário
São pausas mantenedoras da calma
Restabelecedoras da emoção
Capazes de modificar momentos de vida
Eu mesmo já me usei muitas vezes
De momentos de silêncios e pausas
Mas hoje, especificamente hoje
Eu não queria o seu silêncio...
Hoje, eu queria falar, dizer o que sinto
Mostrar-me amigo, dizer que amo
Hoje eu não queria o seu silêncio...
Hoje eu precisaria de você, do seu sorriso
Do seu encanto, do seu todo, de tudo
Menos do seu silêncio...”

19h56 – 24/02/2009


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Acho que estou num "momento poesia", rs.

Eu passei parte do Carnaval na casa de amigos. Fizemos uma espécie de “acampamento”. Conversamos horrores, comemos muito, assistimos TV...

Numa dessas conversas, dois temas me chamaram a atenção: a importância de se aceitar como se verdadeiramente é (Nossa! Não é tão simples como parece aparentemente... tema para um próximo post) e o silêncio (apaziguador, inquietante, frustrante etc). No geral, eu prefiro não ficar em silêncio, mas às vezes, ele é necessário, seja como forma de manutenção, equilíbrio, restabelecimento, desprezo ou até como uma forma de esquecimento. Engraçado como pode assumir vários significados dependendo do momento em que nos encontramos.

E pra você? O silêncio assume algum significado específico?

=) =) =) Até a próxima! =) =) =)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Deixe-me ser o seu porto seguro...

Ela segurou minhas mãos
E disse que eu poderia contar
Que era hora de deixar que ela fosse o meu porto seguro
“Vem comigo...”
Titubeei, não quis acreditar
Tive medo...
Nunca tinha amado antes
Ela me deu um beijo e pediu que eu confiasse
Desarmou as minhas defesas
Eu disse, por fim: “Então, estou entregue”

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Há um super contexto atrás desse poeminha, hehehe.
Mas só ele basta por hoje.

=) =) Boa semana!!! =) =)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Em algum lugar...

“Em algum lugar
Você olha para o céu também
Perguntando se há
Alguém especial
Se você merece ser feliz
Alguém com quem você possa contar
Que saiba e possa dizer ‘Eu te amo’
Sem medo...”

Escrito em algum mês de 2008, acabei esquecendo de anotar...

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“And so I say I don't love you
Though it kills me
It's a lie that sets you free”

Love, love, love – James Blunt

Bonitinho, né? Adoro o James... Se ele não fosse casado com a minha amiga (ela diz que ele é marido dela) eu não deixava passar, hehehe.

=) =) =) Boa semana!!! =) =) =)
Obs.: Obrigado Peter, pelo carinho e Marcel Duchamp, pelo lindo poema. Gosto da Elisa... ;)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Por que você não fala? (Final)

*** Baseado em fatos reais***

Um ano depois...

Ela: - Não é justo você me falar isso agora...

Ele: - É o que eu sinto... eu te amo... eu quero ficar com você... eu não te esqueci... todo esse tempo, eu pensei em você...

Ela: - Eu tô “noiva”...

Ele: - Eu sei... a sua prima me contou...

Ela: - Então... você surge do nada, depois desse tempo todo, pra falar que me ama e que vai ficar comigo agora? A sua esposa morreu, é isso?

Ele: - Pára de brincadeira... há tempos que a gente não tinha mais nada... você sabia...

Ela: - É o que todo homem que nem você fala... que a mulher é doida ou é doente, por isso que não se separam... olha, eu vou indo, eu nem sei porque eu vim aqui...

Ele: - Se você veio, é porque você ainda gosta de mim... você só tá com aquele “banana” pra não ficar por baixo...

Ela: - Aquele “banana” disse que me ama, disse que quer ficar comigo... e mais: ele vai casar comigo, coisa que você nem cogitou...

Ele: - Você não gosta dele...

Ela: - Eu gosto sim...

Ele: - Tá vendo? Você só gosta, você não ama... você já disse pra ele que você só gosta dele? Você chegou nele e disse “eu te amo”?

Ela: - Eu... eu... Já! É claro que já! Você tá só me confundindo...

Ele: - Viu? Pensou demais... Diz pra mim então que você não me ama mais... que você me esqueceu...

Ela: - Eu vou embora, isso sim...

Ele: - Tá vendo? Você nem consegue me olhar nos olhos... você ainda me ama, você só não fala...

Ela: - Ah! Agora sou eu que não falo, né? Pois é... sinta na pele então...

Ana saiu dali o mais rápido que pôde, e nunca mais atendeu “o homem que não conseguia dizer que amava”. Quer dizer, ele disse que a amava, mas tarde demais. Pelo menos pra ela...

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Tempos depois, eu ouvi a Ana confessar, entre um café e outro, que não o tinha esquecido totalmente. Ela não o amava mais (Imagina, que é isso?). Ela era uma mulher casada, de respeito, que tinha namorado um homem casado sim, mas tudo agora era diferente. Naquele dia, ela conseguiu admitir: tinha ficado com o “banana” só pra não ficar por baixo, só porque ele tinha aparecido e ela tinha conseguido viver com ele tudo o que não tinha conseguido viver com o outro. Uma espécie de compensação de Deus (palavras dela). Ele era um homem muito bom pra ela, um cara simples, trabalhador, um rosto bom ainda que feio (o que o fazia ficar bonito – palavras dela também), mas de coração grande, bom pai...
No início, Ana só gostava dele mesmo, não o amava. Com o tempo, eles foram criando uma afinidade, a convivência tinha feito ela gostar dele, até perceber que o amava também. Ele tinha aparecido na hora certa para salvá-la (Momento Júlia, hehehe). E ela estava grata, por isso, não tinha conseguido ficar com “o cara que não dizia que amava”. Era uma espécie de dívida de gratidão, uma escolha. Era algo que ela podia conviver, não a deixava infeliz. Mas a possibilidade de ter ficado com o outro, vez ou outra, a fazia questionar o casamento... mesmo que ela dissesse que amava o marido.

Terminando assim, a história fica tão redondinha, né? Com final redentor e quase totalmente feliz. Sobem os créditos e começa a tocar “My heart will go on” com a Celine Dion se esguelando... Bem, um outro tempão depois, já com os filhos adolescentes, Ana descobriu que o “banana” namorava escondido. Não se separaram, se acertaram aos trancos e barrancos. Ele não era tão “banana” assim... às vezes, a vida é tão irônica... Engraçado como as pessoas podem conviver, achar que se conhecem e ao mesmo tempo, ser, de alguma forma, estranhas.

Música-tema:
Mental Picture – Jon Secada.

=) =) =) =) =) =) =) =) =) =) =) =) =) =) =)

Respostas

Well, Peter, Garfield e Pretta: Valeu pelos comentários. Em busca de ser essa pessoa que você escreveu, Garfield, mas há um longo caminho a percorrer. Em aprendizado... =)
Titan: Sei que tá meio drama sim, mas veja bem. O Junior disse em e-mail que provavelmente não entraria mais em contato mesmo (eu já sabia). Normal, ninguém tem obrigação de ser amigo de ninguém, eu só me enganei um pouquinho (faz parte), vi muito além, quando na verdade, ele só devia estar passando um tempo na net... Eu só precisava dizer algo... A vida continua e com o coração muito mais tranqüilo agora... de verdade. =)

=) =) =) Boa semana a todos!!! Até! =) =) =)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Por que você não fala?

*** Baseado em fatos reais ***

Era um ultimato. Ela o encarava do outro lado da mesa. As mãos suando, o corpo trêmulo, mas as palavras eram firmes e ela aparentava uma calmaria que nem de longe era o seu real estado de espírito.

Ele - Por que isso agora?

Ela - Porque eu cansei dessa vida de sombras... dessa vida de sobras... já são 3 anos... será que desperdicei 3 anos?

Ele - Mas eu nunca te enganei... você sabia desde o começo que eu era casado...

Ela - Eu sei...

Ele - E você sempre aceitou...

Ela - Eu sei... mas não devia ter aceitado... eu não estava falando a verdade... agora estou...

Ele – Se você sempre aceitou, então porque a gente não continua como está?

Ela - Eu já te falei... eu quero casar... eu quero ter filhos, eu quero ter a minha própria família... E eu quero que essa pessoa seja você...

Ele - Meu Deus! Olha só o que você está me pedindo...

Ela - Eu tenho que falar... é o que eu estou sentindo. E se você não aceitar, é porque não me ama... nunca me amou... Você me ama?

Ele - ...

Ela - Por que você não fala?

Ele - Você me ama?

Ela - Se eu disser que te amo, você não vai se separar da sua esposa e filhos pra ficar comigo, não é? Sua vida vai continuar a mesma...

Ele - ...

Ela - Tá vendo... você não fala... você não me ama... você não tem nem coragem de dizer que me ama... se você está comigo e com a sua esposa, é sinal de que está faltando algo no seu casamento... você não está feliz... pelo menos não aparenta estar feliz...

Olhou fixamente para ele e as lágrimas começaram a se formar nos olhos, nublando as vistas. A calmaria era só aparente... Levantou-se, deixou R$ 10 na mesa do bar, já que eles sempre dividiam a conta e foi embora.

Ele: - Ana!!! Eu não preciso dizer que te amo... você sabe...

Ela: - Por que você não diz?

Ele: - Nem para a minha esposa eu digo que a amo...

Ela: - Tá na hora de aprender... Acho que a gente não tem mais o que falar um pro outro então, né?

Ele: - Você tá dizendo que não...

Virou-se novamente e foi embora.

Naquele momento, parecia pouquíssimo provável que a sorte lhe sorriria outra vez...
Era cedo demais para ter esperança, mas a vida lhe mostraria que ela estava enganada. Felizmente...

*** Continua ***
Ano passado foi engraçado... Eu tive oportunidade de ficar com duas pessoas casadas: um outro homem e uma mulher, que achei que era apenas minha amiga. A 2a realmente me pegou de surpresa... Eu relatei o caso para uma amiga e ela disse que eu deveria ter ficado com ela (não relatei a possibilidade com o cara, hehehe), pois se ela queria, ela sabia onde estava se metendo. Eu respondi dizendo que gostava de exclusividade. Duas pessoas de meu convívio muito próximo já namoraram pessoas casadas... Vou continuar pensando no assunto, ainda que a possibilidade realmente não me atraia (no momento?).
Música tema: "Too Late, too soon" - de Jon Secada.
*** Boa semana a todos!!! ***

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Seja feliz, Junior!

Uma amiga minha sempre diz que devemos nos colocar no lugar do outro e tentar observar por uma outra perspectiva. Sendo assim, percebo que um relacionamento, ainda mais no início, requeira mesmo dedicação integral. Então você está certo, Junior... dedique-se a quem você ama... é tão bom... e pensando nessa perspectiva, não posso deixar de não ficar feliz por você. Fico contente sim (espero que você acredite). Eu, sinceramente, acho que teria feito diferente na questão da atenção com os amigos, mas cada um é cada um, não posso julgar...

É lógico que fiquei chateado por você ter sumido assim, sem dizer nada, apesar de saber que você não tem obrigação nenhuma de dar satisfação... A gente passava tanto tempo no msn, se falava quase todo dia, que jurava que éramos muito amigos (ou que seríamos grandes amigos) e eu me empolguei com a sua companhia, porque era mesmo o primeiro amigo legal do "meio" que eu tinha por perto, acessível, o primeiro que eu realmente gostaria de ter para sair, conversar (dentro dessa perspectiva do armário). E aí, quando você sumiu, senti a sua falta... de verdade... Eu nem deveria ter me importado tanto, porque fomos amigos por apenas uns três meses, mas eu sou assim... Eu comecei a pensar em você na perspectiva de amizade que tenho. Possuo poucos, mas bons amigos, desses que a gente se encontra toda semana só para conversar, se ver, comer, só para estar na companhia uns dos outros. Algumas pessoas até comentam que nossa amizade é muito legal (a gente brinca dizendo que colocam olho gordo na gente, hehehe), que as pessoas hoje em dia não fazem muita questão umas das outras e que por isso mesmo, devemos fazer de tudo para continuarmos assim. A gente tem os nossos problemas de vez em quando, mas sempre conseguimos fazer a amizade crescer e isso me deixa muito, muito feliz...

Percebo que, no fundo, eu não posso querer amizade de ninguém, ela simplesmente acontece. É como você sempre falou, “as coisas devem se dar naturalmente”, sem sobressaltos e “forçação de barra”. Só porque tenho uma perspectiva de amizade não posso querer que ela se repita com todas as pessoas que gosto ou conheço. Você está certíssimo então... É como já comentei, não gosto de explicar o que sinto pelas pessoas. Não é necessário... as palavras traem e a gente nunca consegue explicar o que sentimos ou o quanto gostamos de alguém...

E por fim, eu só posso ficar mesmo contente por você e desejar a sua felicidade. Sinto que fiquei com muitos nós na garganta porque gostaria de ter conversado mais, ou saído mais, gostaria que você tivesse aparecido no msn ou enviado sinal de fumaça só para dizer que estava bem ou feliz. Senti falta dessa atenção e consideração que você tanto tinha no começo, mas os tempos são outros e a nova vida exige outros rumos. Da minha parte, não gostaria que deixar de ser seu amigo, mas não posso querer sozinho... Eu gostaria de dizer até logo...

Enfim, seja feliz, Junior!!!

Adeus!!!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Novelinha da vida real

“O moço que veio de longe”

Eles se conheciam há tanto tempo, mas não se falavam há anos. Se reencontraram via Internet. Noites e mais noites online, mensagens e mais mensagens fazendo a alegria da Claro. Até que decidiram que seria janeiro. O mês de dezembro tinha sido o mais difícil. Era uma provação, mas uma provação por amor. Éramos cúmplices naquela empreitada. Três amigos no aeroporto à espera de alguém que não conhecíamos pessoalmente. A tensão dela era tão grande que acabei ficando com dor de cabeça. Incrível... Uma amiga comentou depois: “Ela passou toda a tensão dela pra gente”. Estávamos no portão de desembarque errado.
Deixamos nossa amiga sozinha para recebê-lo, afinal era um momento só deles. E ele se aproximou em passos firmes, obstinado. Nós o reconhecemos ao longe. Ele olhava fixamente para um único ponto, numa única direção, algo que o fizera viajar por quase dois dias... eles se abraçaram, se beijaram e parecia um reencontro, na verdade. Se acreditasse em outras vidas, certamente, eles já tinham estado juntos de alguma forma... Será que daria certo? Será que ficariam juntos? Não sei, tudo o que posso dizer é que tentaram. Estão tentando. Pra que especular sobre o futuro e esquecer de viver o presente? E o momento foi mágico... parecia novela...
Esse fato, na verdade, me rendeu um textão... só um “golinho” aqui.

“Desculpas no aeroporto”

Ela tinha agido de supetão. Na nossa confraternização, algo que a gente aguardava com ansiedade e que foi muito legal, rolou alguns mal entendidos. Parecíamos irmãos... no fim das contas, fui o escolhido para ser o alvo. A raiva dela veio toda em cima de mim... Ela falou algo que me desagradou muito... eu respirei bem fundo. “Não vou reagir”, pensei. Se eu falar algo agora, nossa amizade vai para o brejo... Disse que seria melhor ela se acalmar. Ao nos despedirmos, ela me abraçou e eu disse: “Depois a gente conversa”. E eu deixei a minha cabeça esfriar. Por duas semanas. Pensei bastante. Ela me ligou, eu não atendi. Ela me chamou para ir ao cinema, ao barzinho. Eu não fui. Nós só conversamos via e-mail e mensagem de celular. Eu escrevi: “Eu preciso ficar na minha”. E o pedido de desculpas foi no aeroporto, quando esperávamos o “moço que veio de longe”.
Ela falou, falou, disse que tinha se sentido tão mal com tudo aquilo. Comentei que tinha tido um sangue frio danado porque não tinha revidado na hora. Eu poderia ter posto tudo a perder. E a gente já tinha passado tanta coisa junto... ela confessou que o meu silêncio tinha sido talvez o maior problema. Para mim, tinha sido o silêncio que tinha me feito encontrar várias respostas que precisava. Ela se sentiu culpada, magoada, sentida. Disse estar errada e o que tinha dito não era o que pensava de verdade, que tinha sido o calor do momento. E o meu não-revidar também, tinha a feito pensar. Muito até... “Se eu tivesse te visto na semana passada, por exemplo, eu ia começar a chorar, e eu não queria chorar na frente de ninguém” - disse. Meus olhos encheram d’água, minha garganta apertou, mas eu não chorei. Só enxuguei os olhos rapidamente e voltei a encará-la.
O problema não era começar a chorar na frente dela, era não conseguir parar depois. E o abraço que ela me deu, foi a melhor maneira de pedir desculpas. Eu estava para desabar, eu não era a fortaleza que todos pensavam... eu jamais conseguiria ficar com raiva dela, jamais. Eu não queria dizer adeus e o perdão, de ambas as partes, foi necessário. Uma ação a ser desenvolvida e praticada para sempre. Às vezes é tão difícil, mas não deveria. Engolir o orgulho e pedir desculpas não é sinal de fraqueza, mas aí sim, um sinal de fortaleza...

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É isso... tem horas que a vida real parece novela... viva a palavra escrita!!! Hehehe.

=) =) =) Feliz 2009 a todos!!! =) =) =)